sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ficção Científica = Banheiro em Paris

Paris, segunda semana

Enquanto meu curso de francês não começa, tenho investido meu tempo em coisas muito úteis, como por exemplo futricar a vida dos outros no Facebook, contar quantos quadrados há no azulejo da cozinha, olhar pela janela a movimentação da rua, etc... Tô brincando! Nesses dias tenho me dedicado à cozinha, à casa e ao meu marido (claro!). Na cozinha fiz uma omelete e também um macarrão com molho vermelho e frango, muito razoáveis. Deu para sobreviver e não morrer de fome! Em casa, me surpreendi com a praticidade de um aspirador de pó. Achei genial o botãozinho de puxar o cabo elétrico de volta e também adorei a possibilidade de emanar PODER sobre as sujeiras. Eu olhava para elas e me sentia uma JEDI. Então eu apontava minha arma de sabre de luz (o aspirador) e falava comigo: “Hívina, lembre-se que a FORÇA está com você”.  Pronto! Ganhei a batalha contra a sujeira. 
Desculpe minha imaginação. É que nesses dias eu também cismei de assistir toda a Saga do Star Wars. Eu nunca assisti os filmes antigos, e também nunca me interessei tanto. Só que assisti o primeiro filme (Episódio IV) e agora estou curiosa. Já assisti o Episódio V e comecei o VI. Tem umas coisas bizarras nesses filmes, né? Os alienígenas muito esquisitos, os androides sendo o núcleo cômico do filme, além dos personagens humanos estarem no espaço e respirarem normalmente em muitos lugares. Ah, também achei bem estranho o IMPÉRIO aniquilar alguns planetas com a tal arma poderosa em 5 segundos e matar todo mundo. Isso me lembrou mais a realidade cruel do Quentin Tarantino, só que sem aquele monte de sangue.

Saindo da ficção e voltando para a realidade, eu também fiz muitas coisas acompanhando o meu marido. Fomos a um concerto em uma igreja linda, que ele tocou. E também, claro, fomos ao... SUPERMERCADO!!! 
Samuel (meu marido) precisava resolver algumas coisinhas, então, me deixou no mercado para eu ir escolhendo tudo, e nos encontraríamos em frente ao caixa para ele me ajudar no pagamento em cartão (eu estava com apenas 15 euros). O detalhe é que eu estou sem celular, então, nada de contato telefônico. Tem que ser como da maneira antiga, tempos pré-tecnologia, onde combinou algo, cumpriu! 
Estava eu lá na fileira dos congelados quando minha barriga me enviou um sinal. Passei para a fileira dos doces e o ignorei. Quando fui para a fileira dos produtos de beleza o mesmo sinal voltou mais forte, dessa vez de forma bem “substancial”. É isso mesmo, gente! Eu precisava ir ao banheiro! Muitas questões surgiram em minha cabeça: “1- Largo tudo e saio correndo para casa? Não, como avisarei o Samuel? 2-Compro tudo, espero o Samuel e vamos procurar um banheiro? Não, não dá tempo. 3- Como vou perguntar em francês se aqui tem banheiro? 4- O que eu peguei no carrinho dá para pagar com 15 euros? 
Pensei rapidamente e fui para os caixas rápidos (aqui existe uma modalidade “passe você mesmo sua compra”. Você passa tudo no computador deles, e paga na máquina. Geralmente é uma ótima opção porque não tem filas e é bem rápida). No caixa rápido perguntei para a funcionária se ela falava inglês. Ela disse que não. Então, soltei meu francês desesperado: “S’il vous plâit, je voudrais aller toilette.” (Por favor, eu gostaria ir banheiro). Sei que faltou preposição e tudo mais, mas eu olhei com cara de desesperada e orei para ela entender. Ela entendeu e me apontou o andar de cima. Claro! O supermercado ficava em um mini shopping, então, tinha banheiro lá em cima. 
Fui passar minha compra no caixa rápido e... não estava funcionando! Lá fui eu para a fila de outro caixa. Enquanto esperava, calculei se a minha compra daria 15 euros e tentava lembrar do preço exato das coisas. Quando fui passar no caixa, deu mais de 15. Ahhhhh, mais essa! Fiquei chateada, mas dispensei dois itens e deu certo. Fiquei com 2 euros e pouquinho de troco.
Coloquei tudo na sacola e corri. Subi as escadas, dei uma volta no andar e... NADA! Ai, Deus, era no terceiro andar! Cheguei finalmente no banheiro e... TINHA QUE PAGAR 50 CENTAVOS!!!!! Como assim, gente, eles fazem as pessoas pagarem por só usar o banheiro? Que saudade do supermercado no Brasil onde ir ao banheiro era de graça! Ou, será que embutem isso no preço das mercadorias? Pode ser que tenha até o “Imposto do Cliente no Banheiro”
Voltando à minha vida fisiológica, “Obrigada Deus por eu ter troco do supermercado”. Coloquei a moeda na maquininha e entrei no banheiro. Olho para a parede e CADÊ O PROTETOR DE ASSENTO? Tinha o suporte, mas nada da folha. Gente, EU TÔ PAGAAAAAANDO, qual é? Vai de papel higiênico mesmo! O rolo estava tão difícil de puxar que eu pensei que fizeram um complô contra mim, ou então, que era pegadinha do Silvio Santos.

Nunca pensei que ir ao banheiro desse tanto trabalho. Agora eu dou risada, mas na hora... Acho que todo mundo passou por isso alguma vez na vida. Ficamos tão vulneráveis! 

Meu marido já estava desesperado me esperando no caixa. Eu disse a ele que os alienígenas me sequestraram e me torturaram não deixando que eu usasse o banheiro. Mentira! Eu contei toda a verdade. Ele não ficou bravo, porque com essa questão de banheiro, ninguém brinca (ou briga)! Afinal, histórias de banheiro não são Ficção Científica...

Até mais, gente!
Beijos da Suburbana



8 comentários:

  1. hahahahahahaha/111 morri de ri!!1

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  2. que bom! agora pode rir que já passou... rsrsrs

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  3. Aí Hivina!!!! Só você!!!
    Beijos e aproveita tudo!

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    1. obrigada, Alana!! Vi que tb casou. Meus parabéns! Que Deus abençoe vcs...

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  4. Ainda bem que tinha papel higiênico né? Sua história seria trágica se não tivesse... kkkkk
    Bj
    Tio M@rcelo

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  5. Vivi, esse seu blog ainda vai se tornar um best seller (acho que é assim que se escreve) kkkkkk
    Me divirto muito!!!
    Beijos minha ruivinha

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Obrigada por participar!

Hívina